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OTOKO REPÓRTER Nº16 – Bullying


Boa noite. Estamos começando a décima sexta edição da coluna Otoko Repórter, um espaço informativo e opinativo no B de Bara. Este mês falaremos sobre bullying. Então, pergunto a você: Você já sofreu bullying?



A lei Nº 13.185, que obriga escolas e clubes a combater ativamente o bullynig, já entrou em vigor a pouco mais de um mês e promete uma grande mudança na forma da sociedade encarar este assunto. Antes de explica-la precisamos entender exatamente do que ela trata e como ela interfere em nossas vidas. 



O que é o bullying?

Bullying é uma forma de violência física, psicológica, sexual e social que ocorre de forma intencional e repetitiva entre pessoas de mesmo nível hierárquico. Ela pode ser praticada por um ou mais indivíduos contra uma ou mais pessoas e tem como objetivo criar uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
A lei do bullying inclusive lista uma série de tipos de agressões que são enquadradas nesta situação e aborda, inclusive, o cyberbullying.


De onde surgiu o termo?

O bullying não é uma situação nova, porém ele só foi registrado em 1973 pelo professor de psicologia da Universidade de Bergen, na Noruega, Dr. Dan Olweus. Em suas pesquisas ele detectou que vários jovens com tendências suicidas passavam por algum tipo de ameaça.




O termo sempre volta à mídia, mas possui alguns episódios marcantes, como o massacre de Columbine em 1999, o massacre em Realengo em 2011 ou o polêmico do lançamento do jogo Bully em 2006 para o Playstation 2.



Quais são as principais vítimas?

Todos que possuam uma característica que os diferencie da maioria. Pode ser por ser estrangeiro, tímido, gago, de condição social diferente dos demais, mais alto ou mais baixo, e vários outros motivos.
Claro que homens mais afeminados e mulheres mais masculinizadas são vítimas em potencial, pois são diferentes daquilo que ainda é ensinado nas escolas como “padrão”.

Perceba o quanto o bullying é uma constante nas histórias deste vídeo

Porém, para que a situação perdure é necessário que a vítima não reaja. E isso pode ocorrer por diversos motivos e também está relacionado com as consequências da agressão.   

Quem são os agressores?

Os agressores se caracterizam por estarem em uma posição vantajosa em relação a vítima, não são necessariamente mais fortes, mas podem estar em maior número ou se valer de intimidações e outras vantagens.



Vale lembrar que nem todos os agressores são ativos na situação. Aqueles que fazem platéia ou proferem palavras de incentivo também são considerados agressores, mesmo que estejam apenas repetindo um comportamento para se sentir pertencentes ao grupo ou para evitar que aquilo também possa lhes atingir.

Qual a intensão por trás do bullying?

Os agressores sempre estão em busca de reafirmar uma imagem deles mesmos, de chamar a atenção de outras pessoas provando que são melhores que os outros. De fato isso é um reflexo da insegurança dos mesmos e, algumas vezes, até medo do agressor em perder um espaço conquistado.   



Sintomas de quem sofre o bullying?

Depressão, insônia, timidez excessiva, atitudes agressivas, pânico e reclusão são os sintomas mais comuns e fáceis de se detectar em vítimas de bullying. Como consequência elas podem levar à dificuldade de aprendizado, queda do rendimento escolar, evasão escolar e até ao suicídio. 


  
As vítimas podem se tornar agressores?

Isto é algo comum acontecer. Muitas vezes a vítima busca resgatar aquilo que ela perdeu reproduzindo as atitudes de seus agressores. O que tende a criar um ciclo vicioso.




Como evitar ou combater o bullying?

Para combater a prática da intimidação sistemática é necessário que educadores, colegas e responsáveis estejam atentos à mudanças radicais de comportamento, pois a própria vítima pode estar evitando falar no assunto.



A Lei Nº 13.185, que citei no início do texto apresenta inclusive uma série de medidas que devem ser tomadas pela escola para combater o bullying.

NO que a Lei Nº 13.185 afeta as escolas?

A violência sistematizada quase não era discutida nas escolas no século passado e era aceita com uma relativa normalidade. Algumas vezes os professores até participavam, acreditando se tratar de uma brincadeira inofensiva. Por conta disso em muitas escolas não há dados e nem medidas apropriadas para combater estas atitudes.
O tema também não era amplamente debatido, sendo tratado até como tabu. Muitas escolas nem admitiam que a situação ocorria por conta da imagem da instituição ou alegavam que a responsabilidade da escola se restringia aos muros da mesma.



Agora a escola é obrigada a falar no assunto (veja o Artigo 4º parágrafos de I a IV, VI e IX, e no Artigo 5º) e também deve produzir relatórios sobre bullying (conforme o Artigo 5º).

No que a Lei Nº 13.185 afeta os alunos?

Diretamente ela apenas garante que os agressores não serão punidos e que tanto eles como as vítimas devem ser orientados por um psicólogo. Apenas isso.




A Lei Nº 13.185 tende a resolver o problema de bullying nas escolas?

Por si só, não. O fato de existir não garante que ela será cumprida em sua totalidade e também não garante que todos os casos serão analisados. Por ser  um tipo de violência com a capacidade de se tornar muito sutil é fácil de imaginar que só serão tratados os casos mais extremos.



Como você pode combater o bullying?
A ideia das pessoas aderirem a uma causa apenas por ter uma lei é no mínimo hipócrita. Cada um pode fazer a sua parte para combater o Bullying, tanto na faculdade, nas escolas ou em ambientes de trabalho.

As 05 dicas do Otoko para que você não se torne um agressor:
1.  Se reconhecer como igual aos seus semelhantes;
2.  Ter compaixão e solidariedade;
3.  Perceber quando uma brincadeira está passando dos limites;
4.  Procurar interagir com uma pessoa mais isolada; e
5.  Aceitar as diferenças como algo inerente à sociedade.



As 05 dicas do Otoko para quem sofre a agressão:
1.  Reconhecer a situação pela situação;
2.  Evite conflitos, e não responda violência com mais violência;
3.  Ande em grupos ou mantenha se sempre visível;
4.  Aceite-se, tenha orgulho de si mesmo; e
5.  Se nada der certo, procure ajuda para enfrentar a situação.





Pegaram duas coisas que eu simplesmente adoro e juntaram num só produto, então é obvio que adorei. Não encontrei onde comprar no Brasil, mas se alguém quiser me dar de presente estou aceitando! Até lá me contento com o filme biográfico do Tom que será lançado no Festival de Berlin. Se você não sabe de quem estou falando confira a OR04.



Está mais por fora que cego em tiroteio quem ainda não conhece o canal destes dois ursinhos fofos. Os vídeos estão gradativamente melhores e mais interessantes e valem uma boa conferida.  


Bolsonaro faz o Brasil passar vergonha internacional, de novo


Nesta entrevista da Ellen Page (Kitty Pryde, no filme dos X-men) com o Jair Bolsonaro ele prova com argumentos rasos que é mais ignorante ao vivo do que os estrangeiros podem ter ouvido falar. E o mais interessante é que ele se vale da religião para atacar os homossexuais, mas não se segura para dar uma cantada pra lá de podre na atriz. 

Nem parece que o casamento homoafetivo foi aprovado em âmbito nacional nos Estados Unidos. A aprovação desta lei é um retrocesso tão grande que nem sei como entrou em pauta. Espero que ideias assim não apareçam por aqui. 

Batman Vs Superman ganha paródias gay



O filme acabou de estrear mas pouco antes já haviam vários trailer mostrando que os dois heróis mais famosos da DC não estavam exatamente dispostos a brigar. Mas convenhamos, quem nunca shipou estes dois?


Em momentos de instabilidade entre todos os partidos este tipo de atitude que retorna ao real significado da política é louvável.


Muito interessante. Quem ler o texto verá que agora os diferentes tipos de famílias atendidas por esta escola poderão interagir entre si. Isso é um dos remédios contra o bullying e a discriminação. Espero viver em um mundo onde isso seja o normal e não uma exceção de apenas uma escola.  


Encerramos por aqui a décima sexta coluna Otoko Repórter. Espero que tenham gostado. O bullying é muito ligado a homofobia e acaba se aliando a ela nas escolas, por este motivo que achei tão importante abordar este tema aqui.



A Otoko Repórter está passando por algumas mudanças para garantir textos com mais informações para vocês em um formato mais dinâmico, então estou aberto à críticas e sugestões. Não esqueçam de nos seguir nas redes sociais e lembrem-se, se quiserem podem enviar sugestões de pautas, fandoms e notícias por e-mail também.

Marduk Hunk Otoko

Um comentário:

  1. Eu entendo eu no Colégio sofria bullying e já passei por depressão, mas eu tive coregem e enfrentei as pessoas que me agrediram verbalmente, consegui reverte a situação hoje mais feliz, minha família me deu apoio que eu precisava. Hoje sou formado em gastronomia e gastronomia molecular minhas paixões.

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